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sexta-feira, 11 de julho de 2008

Shiva


Shiva Natarája Nyása

“Na mitologia da Índia,
o ritmo que atua em todo universo
é simbolizado pela imagem
dançante do Deus Shiva.
A dança é uma manifestação do ritmo.”
(Selvarajan Yesudian)

A dança de Shiva. Arte Pura, retorno às origens. A dança, envolta como uma luta que transforma-se em Yôga. Esta Técnica de Shiva Natarája Nyása promove uma identificação total com as raízes pré-clássicas do Yôga.

A história da origem desta técnica ancestral, conta que certa vez um monge chamado Bôddhi Dharma recebeu uma missão de viajar da Índia até a China para levar o Hinduísmo. Quando estava se preparando para a viagem alguém o lembrou de que, se ele fosse sem escolta militar, simplesmente não chegaria ao destino. Ele precisava transportar dinheiro, tecidos, esculturas e tudo aquilo que os bandidos do deserto desejavam.
O monge considerou que, se levasse uma escolta militar armada com a proposta de matar – o que certamente ocorreria, pois seriam atacados - Estaria sendo incongruente com o princípio de ahimsá (não-agressão). Por mais que fosse em nome de sua defesa, não aceitou e decidiu ir sem escolta. Porém, logo refletiu melhor, sem escolta não chegaria à China, pois o matariam no caminho. Melhor não ir. Mas se não fosse, estaria se apegando à vida. Que tipo de monge era aquele que tinha medo de morrer? Aquilo se transformou num dilema ao qual estava preso, porque cada vez que chegava a uma conclusão surgia uma contrária.
Conta a tradição que. Então, o monge se sentou diante da estátua de Shiva e começou a meditar e jejuar. Ficou ali, meditando e meditando, não se sabe por quantos dias, sempre em jejum e olhando fixamente a imagem de Shiva. Num dado momento teve uma visão, a estátua se movia, estava dançando. E no meio de sua dança convidou o monge, que se levantou e foi dançar com Shiva por tempo indefinido. Ao concluir essa experiência, o monge sentiu-se pronto e soube que estava preparado para empreender a viagem sem escolta militar. Atravessou os desertos e desfiladeiros completamente desarmado.
Naquela época a chegada de uma caravana era motivo de festa. Todos foram recebê-la. Quando viam que não trazia escolta militar, cercaram o monge, ansiosos por saber como havia se defendido no deserto. Ele respondeu que com suas mãos vazias.
A frase ficou tão famosa que ninguém mais estava interessado no Hinduísmo, apenas na técnica que o monge havia usado para se defender. Ele identificou a oportunidade e criou uma arte marcial. Mais tarde quando os chineses invadiram a ilha de Okinawa, os japoneses tomaram a técnica e a aperfeiçoaram, originando uma disciplina denominada mãos vazias: o Karatê.
Mais uma vez uma história do Yôga que ilustra o começo de uma outra arte. Pode ser muito provável que toda forma de arte tenha saído do Yôga através do Inconsciente Coletivo.
O Nyása é uma identificação que produz efeitos parecidos com os das paranormalidades. Essa identificação pode ser feita com um objeto ou criatura, através da assimilação de suas características. Trata-se de um processo de pura aprendizagem, já que aquilo que foi assimilado passará a fazer parte de nosso patrimônio pessoal – até mais que um livro lido.
Particularmente, esta é uma das partes que mais me fascina no Yôga.