Faça Yôga antes que você precise!

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sexta-feira, 24 de abril de 2009

O Yôga é bem diferente do que você pensa e muito mais interessante!


Extraído do livro, Programa do primeiro ano do Curso básico, 7°edição, Mestre DeRose.

O YÔGA É BEM DIFERENTE DO QUE VOCÊ PENSA.

E MUITO MAIS INTERESSANTE!

Tudo o que a maior parte das pessoas imagina que o Yôga seja, ele não é. Se você pedir a um amigo bem informado para escrever dez frases diferentes para definir e classificar o Yôga, é bem provável que em dez ele errasse... as dez! Mas não fique decepcionando: muitos praticantes de Yôga cometeriam erros semelhantes. Prepare-se para grandes revelações!

1) Yôga é uma palavra masculina.


Não se diz “a yóga’, como querem alguns dicionaristas brasileiros, Yôga é um termo masculino, pronuncia-se com ô fechado, escreve-se com Y e jamais com i. A esse respeito, leia os esclarecimentos no livro Tratado de Yôga, da academia das Ciências de Lisboa; o Dicionário Enciclopédico Verbo; e o Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora. Todos registram Yôga com y e no gênero masculino.
Quanto ao acento circunflexo, confirme a sua existência nos livros Aphorisms of yôga , de Srí Purôhit Swámi, editora Faber & Faber, de Londres; Léxico de filosofia Hindu, de kastberger, editora Kier, de Buenos Aires; e Poemas do Senhor (tradução do bhagavad gítá), de Vyása, editora Assírio e Alvim, de Lisboa, acento cuja presença é ratificada pela Encyclopedia Britannica.

2) O verdadeiro Yôga, de mais de 2.000 a.c., não era místico.


O misticismo constitui uma deturpação que começou a ocorrer cerca de 20 séculos depois do surgimento do Yôga e atingiu seu apogeu no período medieval. O desenvolvimento de chakras, despertamento de kundaliní, a aquisição de paranormalidades, bem como as percepções e estados de consciência superior que o Yôga de fato proporciona nada têm de sobrenatural. São fenômenos perfeitamente naturais, e estão ao alcance de qualquer pessoa que tenha disciplina.

3) O Yôga é Filosofia.


Embora produza efeitos expressivos sobre a saúde, o Yôga é classificado como filosofia e não como terapia como declaram alguns equívocos autores.
Os superlativos benefícios que o Yôga proporciona, devem-se ao fato de que o praticante está executando técnicas corporais inteligentes, treinando respiratórios, administrando o stress, superando o sedentarismo, aprendendo a alimentar-se melhor, a explorar seu potencial interior, etc.
Impressionante seria se, com isso tudo, a saúde, a energia e o auto-esculturamento não respondessem com um forte incremento. Mas não se deve procurar o Yôga quando se está doente e sim antes. Lembre-se: Faça Yôga antes que você precise.
Natação também é boa para a coluna e para asma, mas não é classificado com terapia e sim como esporte.

4) O Yôga energiza!


Não confunda reduzir stress com acalmar. Karatê também reduz o stress, mas não acalma. Nos textos antigos da Índia, o Yôga é associado com conceitos de força, poder e energia. Jamais com o de calma ou passividade. O que ocorre é que uma pessoa forte, em geral, tem um comportamento mais sereno, pois em sua força não precisa se autoconfirmar, como quem se sente ameaçado. O praticante de Yôga não deve ser calmo, mas sim, forte e dinâmico.

5) Existem 108 modalidades.


No Brasil, temos mais de 50 ramos. Nem todos os tipos de Yôga são bons. Alguns são autênticos, porem outros são falsos ou deturpados.
As modalidades de Yôga geralmente não são compatíveis entre si.
Quem pratica um Yôga não deve misturá-lo com outro. Deve-se buscar um com o qual se identifique mais e dedicar-se exclusivamente a esse, sem mesclas. É importante que você se dedique a um só caminho. Quem põe um pé em cada canoa não navega mais rápido: cai na água! Todos os caminhos levam a Roma, mas você só pode trilhar um de cada vez. Reflita bem. Está na hora de você decidir se é este caminho que você deseja trilhar.

6) O Yôga é estritamente prático.


Quando você executa as técnicas, isso é Yôga. Quando fala sobre elas, não é. Toda a teoria que colocamos nos nossos livros ou que outros autores puseram nos deles são apenas acervo de técnicas, orientação prática, regras, terminologia, comentários, histórico, opiniões pessoais etc. O Yôga é a pratica. A fundamentação teórica do Yôga chama-se Sámkhya. O Dicionário Aurélio confirma : Yôga é a pratica da filosofia Sámkhya. O estudo, os testes e exames são necessários para que você saiba o que está fazendo e faça da maneira correta.

7) O Yôga é dinâmico. É lindo. É forte


Se, eventualmente, alguém supuser que o Yôga antigo não possuía coreografias e que foi este autor que as introduziu, devemos corrigir o conceito(para que não se torne preconceito): o que fizemos foi resgatar uma estrutura antiga, que estava quase perdida.
Quer um exemplo? Súrya namaskára. Ele é considerado um dos mais antigos conjuntos de técnicas orgânicas do Yôga, que remonta aos tempos em que o homem primitivo cultuava o Sol. Pois o súrya namaskára, saudação ao sol, é o mais eloqüente exemplo da existência do que denominamos coreografia, no seio do Yôga ancestral.
O súrya namaskára é a única coreografia ainda existente no acervo que o Hatha Yôga herdou dos Yôgas pretéritos, uma vez que o Hatha é um Yôga moderno, surgido no século XI da era Cristã e perdeu quase toda a sua tradição iniciática.
Portanto, o que hoje chamamos coreografia, já existia e era uma pratica bem remota. Atualmente é pouco conhecida por estar praticamente extinta.
Quanto a parecer dança, não nos esqueçamos de que o criador do Yôga, Shiva, era um dançarino e foi imortalizado na mitologia com o titulo de Natarája (rei dos bailarinos).
Como complemento a esta explanação, assista ao DVD da companhia SwáSthya Yôga de Artes Cênicas.

8) O Yôga é para adultos jovens.


Não apenas cronologicamente, mas biologicamente jovem. Isso dá alguma esperança aos já mais maduros, pois, independentemente de idade, uma pessoa jovem pode estar menos apta que outra mais velha.
Contudo, errada é a concepção de que o Yôga possa servir para a terceira idade. Só se o praticante estiver em excelente forma física. Quem diz isso não é o Mestre DeRose. É o médico e Mestre de Yôga hindu, falecido há meio século, considerando a maior autoridade de Yôga da Índia, com mais de 300 livros escritos sobre o tema: “O melhor período para o Yôga Abhayasa ( a pratica do Yôga) é dos 20 aos 40 anos de idade” (livro Kundaliní Yôga, Mestre Sivánanda, editorial Kier, Buenos Aires,pág.81).

El Yoga exige plena vitalidad, energia, fuerza y fortaleza. Por tanto, El mejor, período para El yoga abhyasa es de los 20 a los 40 años de edad, quienes son fuertes y sanos pueden realizar prácticas yoguicas incluso después de los 50 años de edad.

Ele tinha cerca de 70 anos quando publicou isso. Portanto, não foi o DeRose quem introduziu esse critério. DeRose se notabilizou por ser fiel a tradição mais antiga, a qual é ignorada por grande parte do público. Por ignorar a verdadeira imagem e a verdadeira proposta do Yôga Antigo, alguns supõem que DeRose esteja introduzindo alguma novidade. É o contrario : ele está resgatando as propostas mais antigas, logo, mais autenticas do Yôga.
Um autentico Yôga Antigo é muito forte para pessoas idosas ou enfermas. Sua simplificação constituirá, na melhor das hipóteses, uma mutilação. E em alguns casos, uma enganação.
Não queremos declarar que as técnicas adaptadas venham a ser forçosamente desaconselháveis. Absolutamente. Dependendo da competência do instrutor, podem vir a ser benéficas. Só que nesse caso, precisamente definida, o samadhi, a qual não é proporcionada por tais programas simplificados. Enganação, então, consistirá em anunciar que as práticas são de Yôga quando, na verdade não o são.
Neste ponto é conveniente conhecermos a definição de Yôga mais aceita no mundo inteiro para designar qualquer tipo de Yôga:

Yôga é qualquer metodologia estritamente prática que conduza ao samádhi.

Quando DeRose propôs essa definição, em 1960, ela custou a ser compreendida, pois fora divulgada somente no Brasil, onde, na época, os instrutores de Yôga tinham muita pouca cultura. A partir dos anos oitenta DeRose passou a dar cursos na Europa e na Índia divulgando nossa proposta nessas outras paragens. Aí ela foi rapidamente compreendida e aceita como a que conseguia dizer, com o menor número de palavras, o que era o Yôga genericamente, de forma a servir para qualquer ramo ou linha. Independentemente da definição geral, para todas as modalidades,cada tipo de Yôga possui a sua definição particular, relativa á sua especialidade.

9) Na Índia o Yôga é para homens.


No ocidente, as mulheres são muito bem aceitas, mas é preciso que saiba que, na Índia, em muitas escolas, só os homens praticam Yôga. Naquelas entidades, para cada cem praticantes, encontramos no máximo uma mulher indiana. Diversos ashrams simplesmente não as aceitam. “O Yôga é coisa para homens”, justificam eles. Você só encontra mais mulheres - e até dirigindo a escola! - em estabelecimentos de influencia Shakta, que são poucos.
No nosso caso, seguimos a tradição mais antiga, dravídica, que era matriarcal. Por isso, temos muitas mulheres integrando o corpo de praticantes, de instrutoras e de diretoras. As que costumam gostar mais do método são as mulheres dinâmicas e independentes, as empresárias, executivas, profissionais liberais, universitárias e desportistas.
Estes nove itens são apenas alguns dos elementos com os quais buscamos resgatar a verdadeira imagem do Yôga. Os instrutores de Yôga de século XX não gostariam nada disso, pois muito do que afirmamos prejudicou seus negócios. Entretanto, os professores do século XXI vão ficar bastante gratos por termos tido a coragem de combater a exploração comercial desta nobre filosofia, exploração essa que desvirtuava a verdadeira imagem do Yôga Antigo.
A medida que o tempo passava e a humanidade se aproximava do terceiro milênio, mais e mais portas nos eram abertas, até que chegamos a contar com a aprovação e o apoio de todos os segmentos da sociedade, desde a medicina até a Igreja, a imprensa, as universidades. Leia a esse respeito o capítulo A Historia do Yôga no Brasil, mais para o final deste livro. (O Programa do Curso Básico, do Mestre DeRose).

Foi graças a esse apoio que introduzimos o Curso de formação de instrutores de Yôga em praticamente todas as Universidades Federais, Estaduais e Católicas do Brasil. Até quem não simpatiza com a nossa filosofia é forçado a reconhecer que foi um efeito notável, o qual deve ser creditado não ao ego ou daquele, mas ao mérito do Yôga e dos yôgins como todo.


Ass.Comissão Editorial.


Leia mais sobre isso no livro "O Programa do curso básico" do Mestre DeRose