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sexta-feira, 11 de julho de 2008

Arte


Arte

“Nada existe a que se possa dar o nome Arte.
Existem somente artistas.”
(Gombrich)

Era uma vez homens que apanhavam um punhado de terra colorida e com ela modelavam toscamente as formas de um bisão na parede de uma caverna. Povos primitivos. Chamamos estes povos de “primitivos”, não porque sejam mais simples do que nós, mas por estarem mais próximos do estado em que, num dado momento, emergiu a humanidade. Alguns destes povos criaram na Índia Antiga, o Yôga, a dança, a luta, enfim, variadas formas de expressão a que podemos definir como arte. Hoje encontramos refinadas pinturas, um belíssimo Yôga codificado por um grande artista, diversas danças e lutas, além de muita música, teatro entre outras coisas.
Mas o que é arte realmente? E novamente Gombrich dizia: “Todos gostamos do belo exibido pela natureza e somos gratos aos artistas que o preservam em suas obras.” Para mim arte é simplesmente o fato de existir o artista. Pois, se ele existe e classifica-se como tal, tudo que este escuta, executa, é uma forma de arte-expressão, seja ela externa ou internamente, seja apenas uma tentativa ou plena perfeição. Se for feito com sentimento, dedicação, não precisamos julgar nada, apenas apreciar, pois já será arte.
Muitos danos podem ser causados por aqueles que repudiam e criticam obras de arte por motivos errados. E, ainda mais importante, prova-nos que o que chamamos “obra-de-arte” não é fruto de uma atividade misteriosa, mas objeto feito por seres humanos para seres humanos.
Eu conheço um artista perfeito. Ele conseguiu codificar uma obra que fora perdida no tempo a mais de 5000 anos. E tenho certeza que não só eu, mas muitas pessoas que o conhecem sabem que esse artista realizou algo irretocável, algo que nada pode ser acrescentado, algo que está certo, um exemplo de perfeição em nosso mundo tão imperfeito.

“É fascinante observar um artista esforçando-se
por alcançar o equilíbrio adequado,
mas se lhe perguntássemos por que fez isso e mudou aquilo,
talvez ele fosse incapaz de explicar.
O artista não obedece a regras fixas.
Ele simplesmente intui o caminho a seguir.”
(Gombrich)

Por vezes me pergunto se o erro do artista é acreditar demais na sua obra ou se é ter certeza de que tudo é possível, e levar consigo toda a segurança que o universo pode dar. Mas não, pois a realidade é clara, arte é só arte. E deve ser vista desta forma. O artista não erra, incomoda. Pois a arte também é para isso, incomodar. Se um leigo tentar julgar, acaba por mentir a si mesmo.

“As pessoas gostam de se iludir:
Chamam de verdade à mentira;
compram sonhos e ilusões a qualquer preço,
mas repudiam a realidade com indignação irracional.”
(Mestre DeRose)