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sexta-feira, 11 de julho de 2008

Trabalhar com Arte, com vontade

Festival Internacional de Yôga de Saquarema, RJ, 2008
Instrutores do Método DeRose


Trabalhar com Arte, com vontade


Teoria do Flow:


Fazer o que se gosta e com imenso prazer, é o que cada instrutor do SwáSthya preza na sua profissão. A Administração Participativa, método no qual os profissionais da Rede DeRose estão inseridos, é isso. Todos unidos por um mesmo ideal. Acordando todos os dias com vontade para trabalhar. Por muitas vezes com o corpo físico cansado, mas com o emocinal e o mental trabalhando a mil por hora. Com pequenas pausas no seu dia, para, “dar aulas”, a parte mais gostosa da profissão.
Diversas pesquisas apontam como é importante ter prazer para realizar qualquer tipo de trabalho. Vestir a camisa. Deixar que aquilo que se tem que fazer, se torne arte, uma verdadeira obra-de-arte, transformadora, que pode mudar o Karma de muita gente, com imensa responsabilidade social.
Surge um novo conceito em motivação: o flow
Quando muitos acreditavam que tudo já havia sido dito em termos de motivação, surge no cenário acadêmico um novo conceito: a Experiência Máxima, apresentada por Mihaly Csikszentmihalyi no livro Flow: The Psychology of Optimal Experience, traduzido na versão brasileira por Psicologia da Felicidade, título que não retrata a complexidade do tema (CSIKSZENTMIHALYI, 1991, 1992).


Preocupado com aspectos criativos, cognitivos e motivacionais (CSIKSZENTMIHALYI, 1996, 1992), o autor percebeu que o mesmo "estado de espírito extraordinário" encontrado em artistas (o pintor que pinta uma aquarela, por exemplo), também poderia ser encontrado em outras pessoas, trabalhando em atividades "sem atrativos", comuns, "desglamourizadas". A obra de Csikszentmihaliy quer, assim, restituir às pessoas comuns a possibilidade de obter satisfação no dia a dia, não somente através de acontecimentos excepcionais, inesperados e raros.
Em primeiro lugar, o que é chamado aqui de "estado de espírito extraordinário" é o que Csikszentmihalyi chamou da experiência de fluir ou flow. Esse estado ocorre quando o indivíduo, motivado e capacitado para a atividade, sente-se desafiado pela tarefa, concentra-se de forma extrema na sua resolução até o ponto de perda da noção de tempo e emprega ao máximo suas capacidades. Ao mesmo tempo em que realiza grandes esforços, não os percebe como tal, pelo menos no sentido negativo do termo (no sentido de sacrifício, de exaustão), justamente porque os esforços são realizados em direção a suas próprias metas, e não a fim de atender metas alheias. Há uma sensação de controle (da situação e de autocontrole), onde a atividade é o fim em si mesma. A satisfação não se encontra apenas nos resultados, mas no processo como um todo, o que permite, por si só, uma sensação muito mais prolongada e enriquecedora. Essa é, aliás, a origem do termo empregado muitas vezes pelo autor, autotélico. Do grego, auto (por si mesmo) e telos (finalidade), daí a personalidade autotélica, aquela que busca a satisfação independente das circunstâncias, que aprecia o caminho e não somente a chegada. O flow é diferente de apenas sentir prazer. O prazer, embora indispensável à felicidade humana, pode ser considerado como um elemento absorvido passivamente, de caráter fugidio, que não traz lembrança de satisfação e não gera crescimento pessoal. Por outro lado, o flow é duradouro, há sensação de controle dos eventos e crescimento pessoal, advindo a satisfação da superação dos obstáculos. Enquanto o prazer é um importante componente da qualidade de vida, mas não traz felicidade por si só, o flow gera crescimento psicológico e aumenta a complexidade do ser. As diferenças entre prazer e satisfação ficam nítidas quando se pensa nas formas de aproveitamento das capacidades sensoriais. No que se refere ao paladar, por exemplo, pode-se devorar um prato de comida e obter o prazer de saciar a fome ou pode-se saborear lentamente uma refeição requintada, identificando os temperos, ervas, aromas e sabores, ou ainda tentar preparar o próprio alimento, enfrentando os desafios de combinar adequadamente os ingredientes. Para que a experiência de satisfação plena possa ocorrer, necessitamos de um equilíbrio dinâmico entre capacidades e desafios. Alta capacidade e baixo desafio leva ao tédio. Alto desafio e baixa capacidade leva à ansiedade. Segundo o autor, é impossível fazermos por um longo tempo a mesma tarefa, com o mesmo nível de complexidade, sem ficarmos frustrados ou entediados. Logo, o flow está no aumento gradual da complexidade das tarefas, levando a um incremento também gradual de nossas capacidades, ou seja, ao desenvolvimento de nossos potenciais. É a busca por satisfação que nos leva à procura de novos desafios e de oportunidades de realização de nosso potencial (CSIKSZENTMIHALYI, 1996, 1997).


Assim, estariam presentes no flow os seguintes elementos: o desafio, as capacidades para enfrentá-lo, o "perder-se" na tarefa e a satisfação que leva ao esquecer do tempo que passa. Os que alcançam o flow conseguem focar a atenção em atividades ligadas a suas metas, controlam sua realidade subjetiva de forma a libertar-se de recompensas externas inatingíveis e encontram recompensas na atividade atual, a qual se entregam sem reservas, de forma ativa, dedicada e responsável. A personalidade autotélica cria condições de flow, transformando atividades áridas em atividades complexas e reconhece oportunidades de ação onde outros não reconhecem (CSIKSZENTMIHALYI, 1992). A capacidade de "entrar em flow" não se restringe às questões profissionais. É possível passar do estado do puro tédio à experiência do flow nas áreas familiar, social, cultural e até mesmo no lazer. Para tanto, necessitamos estar conscientes de que a satisfação não ocorre de forma casual, para alguns afortunados que passam por acontecimentos empolgantes. Ao contrário, o flow é resultado de um esforço consciente pela definição de nossas próprias metas, desenvolvimento de potencial, busca constante de recursos internos, menor dependência de fontes externas de gratificação e identificação clara do que é nosso interesse e do que é interesse alheio. Como se vê, a busca do flow não é uma tarefa fácil. É, porém, compensadora para aqueles que a experimentam.
O SwáSthya Yôga e a Teoria do Flow
É possível fazer uma aproximação entre a teoria do Flow e alguns conceitos apresentados pelo DeRose na nossa forma de trabalhar.
O Yôga é uma filosofia de mais de 5000 anos. E hoje surgem diversas teorias “inovadoras” como esta, que buscam associar qualidade de vida, prazer em trabalhar e executar tarefas do dia a dia. Mas devemos perceber, que esta forma de trabalho através do Yôga, faz com que um fluxo perfeito se instaure entre a União Nacional De Yôga, Federações Estaduais de Yôga, Conselho Administrativo da Uni-Yôga, Diretores de Unidades, Instrutores, e alunos em formação. Haja visto que a Uni-Yôga é uma das marcas que mais cresce no país. E para nós, entrar em “flow” nada mais é do que utilizar-se do nosso corpo intuicional, que será desenvolvido através do SwáSthya Yôga. Ouvir nossa “voz interior”, sem fazer esforço algum para isso. Apenas deixando fluir. Treinamentos estes, que fazemos durante o samyama, nosso oitavo anga da prática de SwáSthya Yôga ortodoxo.


Uma vez que isto [porque as pessoas se conduzem de determinada maneira nas organizações] é compreendido , torna-se fácil predizer e controlar a conduta humana. Previsões e controle de conduta são conseqüências do conhecimento. Freqüentemente administradores e cientistas tentam tomar atalhos, indo diretamente à previsão e ao controle (ARGYRIS, 1957, p. 18).